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Povos indígenas Rondônia Geógrafo Denis Pedrosa apresenta mapeamento inédito dos territórios indígenas de Rondônia no RuralCa 5h4u4n
Ji-Paraná (RO), 30 de maio de 2025 – A construção do primeiro banco de dados georreferenciado dos territórios indígenas de Rondônia foi o tema central da entrevista com o geógrafo Denis Pedrosa, coordenador de projetos da Superintendência Indígena (SI) da Sedam, no podcast RuralCast. O projeto, considerado pioneiro no Brasil, mapeia 22 territórios que abrigam mais de 22 mil indígenas no estado. 456a6x
“A criação do portal indígena de Rondônia é um marco nacional. Ele será alimentado com dados coletados pelas próprias comunidades, com foco em saúde, educação, saneamento e direitos sociais”, explicou Denis.
Inclusão indígena: capacitação para protagonismo
Um dos pilares do projeto é a capacitação de indígenas para atuar diretamente na coleta e análise dos dados. Eles criaram um formulário com mais de 130 perguntas socioambientais, operam drones, registram coordenadas geográficas e produzem imagens cartográficas que irão compor a base de dados.
“São eles que vivem as realidades. São os mais capacitados para mapear suas próprias aldeias”, destacou.
Inovação: uso de drones e sistemas de geoprocessamento
O projeto alia tecnologia de ponta, como drones e sistemas de informação geográfica (SIG), à sabedoria tradicional. Além de um mapeamento técnico, a SI está desenvolvendo uma malha viária digitalizada, que será disponibilizada ao público e servirá também ao turismo, transporte, saúde e educação.
“A ideia é que esse sistema seja usado por gestores, pesquisadores e também pelas próprias comunidades como ferramenta de reivindicação”, explicou Denis.
Desafios: orçamento e reconhecimento territorial
Apesar do avanço tecnológico, Denis destacou que menos da metade dos 22 territórios estão demarcados oficialmente. A maior dificuldade hoje é orçamentária, e a equipe da SI luta por mais recursos junto à Assembleia Legislativa para dar continuidade ao trabalho iniciado com apenas 12 pessoas e já com 500 famílias entrevistadas.
“As comunidades indígenas querem políticas públicas. Mas para isso, precisamos de dados concretos. E o Estado precisa investir nesse mapeamento contínuo”, reforçou.
Saneamento básico como prioridade emergencial
Entre as principais demandas identificadas nas comunidades estão a saúde pública e o saneamento básico. Denis revelou que o projeto de instalação de fossas biodigestoras está em fase de planejamento e poderá ser um divisor de águas para evitar doenças e a contaminação do lençol freático.
“A mortalidade infantil ainda é alta. Um simples chiclete engasgado matou uma criança por falta de atendimento. A realidade exige um olhar humano e urgente”, alertou.
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