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Victor Paiva Victor Paiva, da Aprosoja, denuncia impactos da moratória da soja e cobra aplicação de lei que protege produtores de Rondônia 4b236w
Ji-Paraná (RO), 30 de maio de 2025 – Em entrevista concedida ao programa Rumo ao Oeste durante a 12ª Rondônia Rural Show Internacional, o Diretor Executivo da Aprosoja Rondônia, Victor Paiva, lançou um manifesto com mais de nove pontos críticos que afetam o setor produtivo do estado. Entre eles, a moratória da soja, os embargos ambientais preventivos e a preocupação com o alto custo da logística rodoviária. 485tx
“A moratória não é uma pauta ambiental. É uma estratégia de reserva de mercado do exterior. Ignora nosso Código Florestal, que já é o mais exigente do mundo”, afirmou.
Críticas à moratória da soja: "acordo ultraado e injusto"
Victor explicou que a moratória da soja, firmada entre tradings internacionais, ONGs e compradores europeus, proíbe a aquisição de soja de áreas desmatadas após 2008, mesmo que com licenciamento ambiental legal. Para ele, isso gera insegurança jurídica, pois penaliza produtores que seguiram a legislação brasileira.
“Estão limitando o F do produtor. Mesmo com a produção em outra área legal, ele é bloqueado pelas trades”, criticou.
Lei estadual existe, mas precisa ser aplicada
Victor lembrou que, em parceria com a Assembleia Legislativa, o Governo de Rondônia sancionou uma lei que retira incentivos fiscais de empresas que desrespeitarem o desenvolvimento do estado. A norma tem potencial para enfrentar a moratória, mas ainda não está sendo aplicada de forma efetiva.
“Essa lei já existe, mas precisa ser colocada em prática com urgência”, cobrou.
Embargos ambientais e sobreposições injustas
Outro ponto do manifesto é a crítica aos embargos preventivos do Ibama, que têm afetado centenas de produtores com base em sobreposições de georreferenciamento, muitas vezes com erros de até 300 metros.
“O produtor perde o ao crédito bancário mesmo quando não há culpa. É uma insegurança total”, disse.
Logística: pedágio elevado pode desviar a rota da soja
Victor alertou sobre o impacto da concessão da BR-364, com pedágio de R$ 18,80 por eixo. Uma carreta do Cone Sul a Porto Velho pode pagar até R$ 2.368, o que, segundo ele, pode levar produtores a desviar a carga para o Mato Grosso, onde há o à ferrovia.
“O custo é tão alto que pode mudar toda a rota da produção. É um risco para o desenvolvimento de Rondônia”, avaliou.
Safra 23/24: prejuízo e endividamento
A seca e o atraso no plantio derrubaram a produtividade da soja, de 60 para 52 sacas por hectare. O cenário já impacta o planejamento para a próxima safra, com inadimplência crescente e retração no crédito rural.
“Essa safra foi para esquecer. Muita gente entrou no vermelho”, lamentou.
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